Compesa abre 550 novas vagas para curso de encanadoras em 11 cidades pernambucanas

 

Foto: Divulgação/Compesa

Oportunidades são destinadas às mulheres pernambucanas; há vagas para Santa Cruz do Capibaribe

A Compesa está com 550 vagas para o Curso de Encanadoras, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). A formação busca capacitar profissionalmente mulheres para a execução de instalações e manutenções de sistemas hidráulicos, em residências, edifícios e indústrias. A iniciativa estará presente em 11 cidades pernambucanas, são elas: Arcoverde, Petrolina, Ouricuri, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Belo Jardim, Bezerros, Gravatá, Cabo de Santo Agostinho, Paulista e Recife.

Para cada cidade serão 50 vagas, divididas nos turnos manhã e tarde. Desde 2023, o curso já formou 89 mulheres em cinco turmas. As inscrições já estão abertas e seguem até dia 14 (Arcoverde, Ouricuri, Cabo de Santo Agostinho e Recife) ou 21 de outubro (Belo jardim,Bezerros, caruaru, Gravatá, Paulista, Petrolina e Santa Cruz do Capibaribe), a depender do local escolhido para as aulas.

Inscrições
- As interessadas no turno da manhã podem acessar este link do SENAI.
- Já as que preferirem participar das aulas à tarde podem acessar este link do SENAI.



Gena Lins é eleito prefeito de Taquaritinga do Norte com 7.541 votos

 

Gena Lins e Paulo de Necão, prefeito e vice-prefeito eleitos em Taquaritinga do Norte/Divulgação

Vitória sobre Allyson Dias marca uma diferença de 786 votos em uma disputa inédita com quatro candidatos

Em uma eleição acirrada e histórica, Gena Lins (PP) foi eleito prefeito de Taquaritinga do Norte com 7.541 votos, superando Allyson Dias (PSDB), que obteve 6.755 votos, uma diferença de 786 votos. Gena, que até então ocupava o cargo de vice-prefeito, rompeu com o grupo da situação para lançar um novo projeto de gestão, conquistando a confiança da maioria dos eleitores.

A eleição deste ano em Taquaritinga do Norte foi marcada por uma disputa inédita, com quatro candidatos concorrendo ao cargo de prefeito. Além de Gena e Allyson Dias, que contava com o apoio do atual prefeito Lero, outros dois candidatos também participaram: Jobson da Internet (União), que conquistou 2.385 votos, e Jânio Arruda (PSD), tradicional nome da política local, que obteve 1.976 votos.

A vitória de Gena Lins representa uma virada na política local, onde a aliança entre o atual prefeito e seu ex-vice não resistiu às divergências, levando a uma disputa repleta de tensões e debates sobre o futuro do município. 

Com o resultado das urnas, Gena assume o compromisso de implementar um novo modelo de gestão, prometendo mudanças significativas para a cidade.


 

Eleições 2024: saiba como consultar local de votação na internet

 

Joédson Alves / Agência Brasil

Site da justiça eleitoral e e-Título indicam zona eleitoral e seção

O eleitor que vai exercer seu direito no primeiro turno das eleições municipais de 2024, no próximo domingo (6), e em um eventual segundo turno, no último fim de semana de outubro (27), pode consultar o local de votação. https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1614062&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1614062&o=node

No aplicativo da Justiça Eleitoral, o e-Título, e o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é possível verificar a zona e a seção eleitoral.

O local de votação já aparecerá atualizado. Portanto, se foi feita uma solicitação de transferência temporária da seção eleitoral dentro do mesmo município, a pesquisa indicará o novo lugar a que o eleitor deverá comparecer, com endereço completo do local, zona e seção. .

No site 

No portal do TSE, o usuário pode seguir com a pesquisa por dois caminhos. O primeiro deles é por meio da aba "Serviços eleitorais", localizada no topo da página eletrônica, e, em seguida, em "Local de votação/zonas eleitorais". O internauta será redirecionado para novo espaço online, onde deverá selecionar a opção "Consulte Onde Votar", logo após o título.

Na página com o título "Atendimento eleitoral", no oitavo item, basta que o eleitor preencha o primeiro campo com o nome dele, o número do título de eleitor ou o Cadastro de Pessoa Física (CPF). Em seguida, o interessado deve completar a data de nascimento, o nome da mãe e clicar no ícone "Entrar".   

As páginas dos 26 tribunais regionais eleitorais (TREs) também dispõem de espaço para pesquisar essas informações. Preenchidos os dados, a página vai informar o número da inscrição, a zona eleitoral e o local de votação..  

O segundo caminho para a consulta ao local de votação e ao número do título é o sistema Autoatendimento Eleitoral - Título Net.

E-Título 

O aplicativo e-Título, a versão digital do título de eleitor, informa o local de votação logo na tela de início, abaixo do nome do eleitor. Além disso, por meio de ferramentas de geolocalização, o app guia a pessoa até a seção eleitoral.  

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente nas lojas virtuais de aplicativos para smartphones que operam os sistemas Android e IOS, preferencialmente, até sábado, dia 5 de outubro.

O que levar

No dia da eleição, não é obrigatório levar o título, que pode ser substituído pela versão digital, o e-Título.

O documento deve estar em situação regular. Quem estiver com a inscrição eleitoral cancelada ou suspensa, não terá o título na lista da seção eleitoral.

Na seção, será exigida somente a apresentação de documento oficial com foto, entre eles e-Título, carteira de identidade, identidade social, passaporte, carteira profissional reconhecida por lei, certificado de reservista, carteira de trabalho ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A Justiça Eleitoral explica que os documentos serão aceitos mesmo com a data de validade expirada, desde que seja possível comprovar a identidade do eleitor.

Eleitores

O Brasil tem 155,9 milhões de pessoas aptas a votar no pleito deste ano, em 5.569 municípios. Somente no Distrito Federal não haverá eleições. O voto é obrigatório para maiores de 18 anos, até 69 anos. É facultativo a pessoas analfabetas, maiores de 70 anos e quem tem entre 16 e 18 anos.

Se o eleitor tem domicílio eleitoral no exterior, não votará nas eleições municipais para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador pois, nesse caso, não existe voto em trânsito. Não é necessário justificar a ausência na votação., que é exigida apenas nas eleições para presidente da República.

 

Eleições 2024: TRE-PE dará início a preparação das urnas eletrônicas nesta segunda-feira (23)

 

Foto: Antonio Augusto/TSE - Via TRE-PE

O procedimento acontecerá até o dia 1º de outubro em todos os 18 polos eleitorais do estado

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) vai iniciar nesta segunda-feira (23), o procedimento de preparação das urnas eletrônicas, que consiste na inserção dos dados  do eleitorado e das candidaturas no aparelho, para o 1º turno das eleições deste ano.

O procedimento acontecerá até o dia 1º de outubro em todos os 18 polos eleitorais do estado.

Segundo o órgão, no Recife, o começo dos trabalhos será acompanhado pelo presidente do TRE-PE, desembargador Cândido Saraiva, e acontecerá no Centro Administrativo Eleitoral, no bairro de San Martin, onde também será realizada uma coletiva de imprensa, a partir das 8h.

Essa é uma preparação que acontece em todo o país, conforme o calendário determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Com informações retiradas do portal do TRE-PE, confira abaixo as etapas da preparação:

A primeira etapa do processo corresponde à carga das mídias, que consiste em alimentar os equipamentos com as informações sobre candidatos e eleitores de cada seção eleitoral.

Em seguida, cada urna é testada para verificar se os seus dispositivos estão em pleno funcionamento como visor, teclado, impressora, leitor biométrico e avisos sonoros. 

Após isso, todos os compartimentos são lacrados e o equipamento é guardado e devidamente identificado (com município, número da Zona Eleitoral, local de votação e seção eleitoral).

Após lacradas, as máquinas não passam por mais nenhuma operação antes do dia e hora programados para o começo da votação. Os lacres são assinados pelo juiz ou juíza eleitoral, eventuais representantes de entidades fiscalizadoras e pelo Ministério Público.

Taquaritinga do Norte

A preparação das urnas da 51° zona eleitoral, no município de Taquaritinga do Norte, acontece na segunda-feira (23). 



Prisão por violência eleitoral em Toritama pode resultar em condenação inédita

 

                 Vereadora de Toritama, Carol Gonçalves (PSDB) Crédito: Reprodução / Instagram

Texto Giovanna Carneiro

No dia 10 de setembro, o diretor de feiras do município de Toritama, no Agreste de Pernambuco, José Claudemir de Oliveira – conhecido como Sinal –  teve sua prisão preventiva decretada por ataques contra a vereadora Carol Gonçalves (PSDB). O funcionário público ficou detido no presídio de Santa Cruz do Capibaribe por dois dias e o caso foi considerado “crime de violência eleitoral”. Agora, o processo judicial que pode se tornar a primeira condenação por violência política de gênero em Pernambuco corre em segredo de Justiça. 

De acordo com dados do Relatório Monitor da Violência Política de Gênero e Raça, lançado pelo Observatório Nacional da Mulher da Política, da Câmara dos Deputados, em parceria com o Instituto Alziras e a Agência Francesa de Desenvolvimento, o Brasil teve apenas duas sentenças de condenação pelo crime de violência política de gênero. Além disso, uma em cada quatro representações de violência política de gênero entre 2021 e 2023 foi arquivada ou encerrada. 

Carol Gonçalves, de 28 anos, foi eleita em 2020 com 770 votos. Na ocasião, era filiada ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mesmo partido do prefeito Edilson Tavares. No entanto, em 2023, a parlamentar mudou de partido, passando a integrar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), e se tornou oposição na Câmara Municipal. Desde então, Gonçalves afirma que passou a ser alvo de ataques.

“Desde quando eu rompi com o governo, que tentou cassar meu mandato, eu tenho sido alvo de diversas situações. Inventam mentiras com o meu nome, memes na internet e nos grupos de WhatsApp afirmando que eu sou usuária de drogas, usam minhas fotos para fazer montagens e fazem todo tipo de xingamentos e apelidos, zombando com minha aparência, me chamando até de macaca”, contou a vereadora, que é candidata à reeleição. 

Ainda de acordo com Gonçalves, os ataques se intensificaram no início do período eleitoral, a ponto dela temer por sua segurança e comprometer sua agenda de campanha.

Em março de 2023, Paulo Tavares (MDB), segundo suplente da legenda partidária, protocolou um processo de cassação contra Carol Gonçalves no Ministério Público de Pernambuco, alegando que a parlamentar havia viajado para o exterior sem ter avisado previamente à Câmara Municipal e utilizado recursos públicos para gastos pessoais. Na ocasião, Gonçalves foi até o México representar a cidade de Toritama como palestrante no Fórum Global pela Democracia. Em julho de 2023, o Ministério Público de Pernambuco arquivou o caso, que também foi rejeitado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Um ano depois do arquivamento do processo de cassação, em julho deste ano, a Justiça Eleitoral rejeitou uma acusação do prefeito Edilson Tavares (MDB) contra Carol Gonçalves. O processo movido contra a parlamentar alegava a realização de propaganda eleitoral em um prédio público e o uso de bens públicos para fins eleitorais. A Justiça decretou a improcedência das alegações contra Carol Gonçalves, isentando-a de qualquer penalidade ou multa, que poderia chegar a R$15 mil.

Rede de apoio contra a violência política de gênero

Carol Gonçalves é uma das 40 parlamentares que integram a Rede A Ponte, uma iniciativa que reúne especialistas em diversos temas de políticas públicas com o objetivo de fortalecer o mandato de mulheres e aumentar a representatividade feminina na democracia brasileira.  

“A nossa rede é composta por uma maioria de vereadoras do interior, porque a gente entende que são essas mulheres que estão mais à margem do processo político, são elas que necessitam muitas vezes de apoio jurídico e institucional e de informações para protocolar Projetos de Lei, por exemplo, questões orçamentárias também. Então nós atuamos para que essas mulheres possam ter incentivo e autonomia em seus mandatos”, afirmou Lauana Chantal, coordenadora de incidência política da Rede A Ponte.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, no Brasil, as mulheres correspondem a 18% do total de candidaturas eleitas na Câmara dos Deputados e apenas 7% no Senado. Além disso, 995 câmaras municipais do país não possuem nenhuma mulher eleita.

Um dos fatores que contribuem para essa menor incidência de mulheres na política institucional é a violência política de gênero, como aponta Lauana Chantal ao comentar sobre o caso da vereadora de Toritama: “a gente tem várias camadas de violência política quando a gente chega nas mulheres do interior, porque essas mulheres estão em uma situação muito delicada em termos de segurança porque ela vai denunciar muitas vezes o vizinho dela ou de algum parente, pessoas que estão muito próximas”.

Chantal conta também que ainda neste ano, a vereadora Carol Gonçalves tentou protocolar um Projeto de Lei de combate a violência política de gênero na Câmara Municipal de Toritama, mas o projeto foi vetado pelo prefeito, em julho. “Carol já vem sofrendo violência política desde muito cedo na Câmara por conta da sua atuação e seu enfrentamento político”, enfatizou a coordenadora.

Em agosto de 2021 foi aprovada a Lei nº 14.192, que alterou o Código Eleitoral e tornou crime a violência política de gênero. A norma, que pretende assegurar a participação de mulheres em debates eleitorais e criminaliza a divulgação de fatos ou de vídeos com conteúdo inverídico durante a campanha eleitoral, estabelece regras jurídicas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher nos espaços e nas atividades relacionadas ao exercício político.

Para a coordenadora da Rede A Ponte, a resolução do caso da vereadora Carol Gonçalves pode abrir precedentes para que a Lei nº 14.192/2021 seja utilizada com mais rigor: “a gente está dando todo suporte e apoio a Carol. A gente faz com que ela permaneça no cargo, mas também que a violência que ela sofreu não fique impune, que isso seja uma resposta não só para o caso dela, mas para outros casos, que outras parlamentares vêm sofrendo, e que isso se torne um precedente para que nenhuma outra mulher venha sofrer violência política de gênero e raça em função do seu trabalho”.

“Quase 100% das parlamentares da nossa rede já sofreram violência política de gênero e raça, só que nem todas chegaram a denunciar. E muitas que denunciam optam por não seguir com o processo por medo de sofrer ainda mais retaliações ou nem sabem como fazer a denúncia porque é um processo tão burocrático. A gente precisa ter um passo a passo mais bem demarcado, saber qual delegacia procurar, quais provas e evidências precisamos ter para apresentar a denúncia, várias questões que ainda não estão bem colocadas”, concluiu Chantal.

Atualmente, a Rede A Ponte presta assistência jurídica e parlamentar para 29 vereadoras e 11 deputadas estaduais, destas, 60% são mulheres negras.

Desde 2021, o Ministério Público Federal (MPF) possui um canal para receber denúncias de todos os tipos. De acordo com o MPF, desde a abertura do canal, já foram recebidos 215 casos de violência política de gênero, em sua maioria, denúncias de ofensas, transfobia, exposições, violência psicológica, sexual e moral.


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