Vereador Jeziel Antônio (PL) / Divulgação |
Na
manhã desta terça-feira (2), o vereador de Toritama, Jeziel Antônio da Silva,
foi conduzido à delegacia do município após um episódio de desacato contra
servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ocorrido na Sala de Reuniões
da Casa Legislativa João Manoel da Silva.
De
acordo com o Boletim de Ocorrência, a polícia foi acionada para averiguar uma
discussão com potencial de agressão na Câmara Municipal de Toritama. Ao chegarem
ao local, os policiais ouviram o relato de um auditor de controle externo do
TCE, que afirmou que o vereador Jeziel, ao adentrar na reunião de auditoria,
começou a gritar e apontar o dedo no rosto dos servidores, acusando-os de serem
"comprados".
O boletim
detalha que Jeziel, demonstrando estar fora de controle, desferiu socos na
mesa, na porta e em outras partes do recinto. Em suas acusações, ele
generalizou que os servidores presentes eram coniventes com supostos erros em
uma obra que estava sendo auditada. A natureza específica da obra não foi
detalhada no documento.
Além
das agressões físicas, o vereador utilizou palavras de baixo calão contra os
servidores, configurando desacato no exercício da função pública. As partes
envolvidas foram conduzidas para a delegacia de Toritama, onde foram tomadas as
medidas cabíveis.
Nota de repúdio
Em resposta ao incidente, o presidente da Câmara, vereador José Ferreira de Carvalho “Ferreirinha”, emitiu uma nota de repúdio às atitudes de Jeziel. O presidente declarou que o colega "confundiu o direito de expor sua opinião, agiu de maneira incompatível com o decoro parlamentar e cometeu o crime de desacato, quando gritou, deu socos em objetos, agrediu os profissionais, homens e mulheres presentes, através de palavrões e acusou todos de diversos crimes".
Ferreirinha
enfatizou que "nunca antes um servidor público do Tribunal de Contas, do
CREA, ou de qualquer outro órgão fiscalizador, foi tratado com tamanha falta de
educação e com um comportamento que envergonha a Casa Legislativa, a sociedade
toritamense, os grupos políticos, os grupos religiosos e as famílias
tradicionais".
Confira a nota: