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Enxaqueca no calor: saiba como prevenir as crises nas altas temperaturas

 

Mário Melo. neurologista do Hospital Jayme da Fonte - Arthur Mota / Folha de Pernambuco


Mário Melo, neurologista do Jayme da Fonte, alerta sobre as principais causas em dias quentes

Com a chegada das altas temperaturas, o surgimento de dores de cabeça e crises de enxaquecas passam a ser mais frequentes. O calor faz com que as pessoas fiquem mais propensas à desidratação e isso pode ser um dos gatilhos para o surgimento de dores de cabeça. 

“Dor de cabeça acontece por uma série de motivos. Um deles, e sobretudo nos dias de mais calor, que fica mais comum, é a desidratação. Então, em geral, em um dia de calor você vai transpirar mais e isso pode aumentar a frequência de dores de cabeça pelo calor em si e pelo fato da pessoa não está se hidratando da melhor maneira em dias mais quentes”, alerta Mário Melo, neurologista do Hospital Jayme da Fonte.

As dores de cabeça quando estão associadas ao calor, em geral, estão associadas a uma desidratação também. Algumas pessoas são mais suscetíveis a desidratar do que outras, sobretudo crianças, idosos e pessoas com outras comorbidades, como doenças renais. A medida de controle para as crises em dias mais quentes é, principalmente, tomar bastante líquido. Alguns alimentos também devem ser evitados, já que podem intensificar as enxaquecas. 

“Em relação aos alimentos e dor de cabeça, é importante observar que algumas pessoas, de fato, têm como gatilhos algumas situações alimentares. O jejum pode ser um gatilho para dor de cabeça e alguns alimentos também podem. Às vezes, é chocolate, vinho, shoyu, salsicha… uma série de alimentos que pode associar com o gatilho e iniciar o processo de dor de cabeça”, explica o médico.

Tratamentos

É importante ficar atento às dores de cabeça recorrentes e qual o impacto que essa dor causa na vida da pessoa. “Se a pessoa está tendo muitos dias de dor de cabeça, mais de dez dias de dor por mês, ou sobretudo mais de 15 dias de dor por mês, aí a gente deve pensar em tratamentos profiláticos”, pontua Mário Melo. 

No caso das dores mais intensas, com mudanças no padrão ou frequência que se costuma ter, é necessário consultar um profissional para fazer a investigação do quadro. O tratamento da enxaqueca é multidisciplinar, combinando medicamentos, condicionamento físico e até mesmo psicológico.

“Se é muito claro que a dor de cabeça está relacionada a algum fator externo, como beber café ou beber um vinho, por exemplo, essa pessoa vai ser orientada a evitar esses gatilhos. Porém, às vezes a pessoa tem um gatilho que ela não consegue controlar, como o estresse do trabalho. Então, nesses cenários a gente pode lançar mão de medicações também. Medicações que são preventivas, que você vai usar elas todo dia com o objetivo de não ter dor de cabeça nos dias seguintes. O tratamento pode ser esse, comportamental, de evitar gatilhos, e também pode haver tratamentos medicamentosos. Existem também os tratamentos para enxaquecas que são de intervenções, como botox e alguns outros tratamentos com injetáveis também”, finaliza o neurologista.